Efeitos do vício

Efeitos do vício

Redatora especialista em conteúdos sobre saúde, família e alimentação. Lutando contra a exploração e violência sexual evidente e inerente à pornografia, prostituição e tráfico humano nas horas vagas. Tinbergen originalmente descobriu que pássaros, borboletas, e outros animais poderiam ser enganados a preferir substitutos artificiais que foram desenhados exatamente para parecer mais atrativos do que seus parceiros reprodutivos reais. Os jogadores também seriam sábios ao evitar ver o jogo como uma forma de ganhar dinheiro, parar de reprimir suas preocupações sobre o hábito de jogar e evitar usar cartões de crédito para pagar pelas apostas. Mas são necessárias mais pesquisas antes que possa se tornar um tratamento padrão. Outro estudo revelou que jogadores com problemas de dependência tendem a aumentar suas apostas ao longo do tempo e acabam indo à falência.

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Por meio destas tarefas, as pesquisas mostraram que apostar, em indivíduos saudáveis, é mais comum em pessoas entre 17 e 27 anos e diminui à medida que envelhecemos. Neste último, que avalia a tomada de decisões e apostas arriscadas, os participantes são solicitados a adivinhar se uma ficha amarela está escondida dentro de uma caixa azul ou vermelha, com as proporções de caixas azuis e vermelhas mudando ao longo do tempo. O Reino Unido, por exemplo, observou o maior aumento de mulheres procurando ajuda de todos os tempos. A partir da identificação dos gatilhos, é possível afastar a pessoa deles, evitando que recaídas aconteçam, um trabalho feito com psicoterapeutas, de preferência, especializados no assunto.

O que os processos de vício têm em comum?

Mais de duzentas mil pessoas morrem anualmente em todo o mundo devido a sobredosagens de droga e doenças relacionadas com o consumo de droga (por exemplo, o VIH). Às vezes sonhamos com coisas que não fazem muito sentido para nós, mas para a psicanálise esses sonhos têm um significado importante. Eles podem revelar desejos ocultos e conflitos internos que estão relacionados ao vício.

Os olhos azuis não existem. Então porque é que os vemos dessa cor?

Atualmente, o distúrbio do jogo compulsivo é diagnosticado por meio do Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-5), publicado pela Associação Americana de Psiquiatria. A dependência de álcool e nicotina também tem sido associada a uma maior compulsão por apostas. Em 2021, a Comissão de Jogos do Reino Unido estimou a prevalência do distúrbio do jogo compulsivo em 0,4% da população. E embora grande parte de nós seja capaz de apostar recreativamente, sem sérios impactos negativos, a pandemia levou a um aumento na dependência deste tipo de jogo.

Em estudos semelhantes, a neurocientista Catharine Winstanley descobriu que um medicamento que bloqueie um tipo de receptor de dopamina pode reduzir a tomada de decisões de alto risco associadas ao jogo compulsivo. A neurociência estuda o funcionamento do cérebro e os processos biológicos envolvidos no vício. Já a psicanálise busca entender as motivações inconscientes por trás desse comportamento. Integrar essas duas abordagens pode ser muito útil no entendimento e tratamento do vício. O terapeuta utiliza técnicas específicas da psicanálise para ajudar o paciente a compreender melhor suas emoções e motivações por trás do vício. Através da análise dos sonhos, por exemplo, é possível acessar conteúdos inconscientes que podem revelar os desejos ocultos por trás do comportamento viciante.

O que acontece com o cérebro de um viciado?

Ser ou não viciante depende da vulnerabilidade de cada pessoa, pois tal é determinado por factores genéticos, traumas e depressão, entre outros. “Nem todos ficamos dependentes”, afirma Jon.As “novas” dependências mais polémicas são, possivelmente, a comida e o sexo. A Organização Mundial da Saúde recomendou a inclusão do sexo compulsivo como perturbação de controlo de impulsos na próxima edição da Classificação Internacional de Doenças, com lançamento previsto para 2018.

A equipa planeia realizar mais estudos e já há investigadores em todo o mundo a testar a estimulação cerebral para ajudar pessoas a deixarem de fumar, beber, jogar, comer compulsivamente e consumir abusivamente opiáceos. Até há pouco tempo a ideia de reparar as ligações cerebrais para combater a dependência pareceria improvável. Contudo, os progressos da neurociência modificaram radicalmente as noções convencionais sobre dependência. Esta explicação era aceitável para o álcool, a nicotina e a heroína, mas não para a marijuana nem para a cocaína, que não provocam os tremores, náuseas e vómitos da abstinência da heroína. Luigi Gallimberti ficou fascinado ao ler um artigo num jornal sobre as experiências realizadas por Antonello e colegas do NIDA e da Universidade da Califórnia, em São Francisco.

Isso pode levar a problemas de controle, afetando negativamente a vida pessoal, profissional e social”, explica a psicóloga Rosângela Casseano, terapeuta cognitiva comportamental e CEO da PsicoPass. Essa é uma explicação do porque de, ao chegar em certo ponto do vício, um consumidor pare a se interessar por experiências sexuais reais. Cada vez mais, a ciência caminha para explicar o vício em drogas e remédios como uma reação neurobioquímica e afastar a ideia de que se trata meramente de falta de força de vontade. Em artigo publicado na plataforma de debate científico The Conversation, o neurocientista Mike Robinson descreveu como ocorre este complexo processo que envolve ativação de determinadas áreas cerebrais e liberação de neurotransmissores. A dependência química é uma doença crônica, progressiva e sem cura.

A dependência envolve a mesma vontade, porém, a partir do momento que o dependente decide ou é obrigado a cortar esse hábito, seu corpo reage à falta. Dependentes químicos, por exemplo, podem apresentar náuseas, enxaqueca, tremores e até alucinar durante os períodos de abstinência. “O resultado dessa ingestão regular de grandes quantidades de drogas é um sistema hiperativo da vontade”, explica Mike Robinson. E isso leva, afirma o cientista, a ataques intensos de desejo da substância.

Essas alterações neurológicas não apenas perpetuam o ciclo do vício, mas também têm impactos duradouros na saúde mental e no bem-estar geral do indivíduo. A compreensão dessas mudanças é crucial para o desenvolvimento de estratégias eficazes clínica de recuperação de drogas de tratamento e recuperação. Ao consumir a droga, esse neurotransmissor é produzido de forma excessiva. Com o tempo, o Sistema Límbico do usuário de drogas está totalmente alterado, interferindo em sua vida profissional, social e familiar.

Além disso, a pornografia pode criar expectativas irreais sobre o sexo e o corpo, levando a comparações prejudiciais e à insatisfação com o parceiro, segundo Rosângela. Também sabemos que os receptores opioides no cérebro o ajudam a processar recompensas — e há muito tempo se suspeita que sejam impulsionadores da dependência. Esta região é rica em dopamina e sugere um papel adicional da dopamina em comportamentos de risco.

O primeiro passo é reconhecer que se tem um problema e estar disposto a buscar ajuda. Em seguida, é importante procurar profissionais especializados no tratamento do vício, como médicos e psicólogos, que poderão orientar sobre as melhores opções de tratamento. O vício pode afetar o cérebro de várias maneiras, afetando neurotransmissores e alterando a estrutura cerebral. O vício pode levar a alterações significativas na estrutura do cérebro, afetando áreas que são responsáveis pelo processamento de recompensa, emoção e tomada de decisão. Já o vício psicológico é caracterizado pela dependência emocional ou mental da substância ou comportamento.

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